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Queda de moeda chinesa, faz dólar subir ainda mais.



O dólar fechou em alta em relação ao real nesta terça-feira (11), após a China surpreender e desvalorizar o iuan, golpeando boa parte das moedas emergentes nos mercados globais. 

A moeda norte-americana avançou 1,59%, a R$ 3,4978 na venda, após recuar quase 2% na sessão passada e fechar abaixo de R$ 3,50. Mais cedo, a moeda chegou a passar de R$ 3,51.

"A inesperada desvalorização na China está provocando ampla aversão ao risco nos mercados, com os agentes considerando as implicações para a demanda global por commodities, a inflação e o balanço de riscos ao crescimento", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes, segundo a Reuters.

A China desvalorizou sua moeda em quase 2%, em uma medida que classificou como reforma para liberalizar os mercados. Números fracos sobre a economia do país, a segunda maior do mundo, e o tombo da bolsa têm gerado preocupação com o crescimento chinês. O iuan mais fraco pode servir de estímulo à atividade, incentivando exportações.

Moedas ligadas a commodities, como o dólar australiano e o peso chileno, estavam entre as que mais sofriam nesta sessão.

O fechamento do dólar aconteceu antes do anúncio da Moody's de que decidiu cortar a nota do Brasil, mantendo o grau de investimento e alterando a perspectiva de negativa para estável.

Cenário local
"A questão da China predomina, o efeito é muito forte", disse à Reuters o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano. O movimento era forte o suficiente para ofuscar o alívio em relação à grave crise política no Brasil, que vem impulsionando a moeda norte-americana nas últimas semanas.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou na véspera que a discussão sobre eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff não é prioridade do Congresso Nacional e que priorizar este assunto é o mesmo que colocar fogo no país.

Segundo operadores, o apoio de Renan ao governo pode atenuar os atritos entre o Executivo e o Legislativo. "Os esforços de Dilma para recompor a base aliada parecem estar dando frutos", disse à Reuters o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

O Banco Central deu continuidade ao seu programa de interferência no câmbio e seguiu a rolagem dos swaps cambiais, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Ao todo, já rolou US$ 2,767 bilhões, ou cerca de 28% do total que vence no mês que vem. Fonte: G1

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